Objetivo: analisar as evidências científicas sobre aerossóis gerados durante atividades de limpeza dos produtos para saúde no Centro de Material e Esterilização (CME) e o impacto da pressão negativa do ar ambiente na área de limpeza para controle da dispersão de aerossóis para áreas adjacentes. Método: para essa revisão sistemática de literatura foram realizadas: busca de diretrizes, manuais ou normas técnicas nacionais e internacionais indicadas por especialistas; busca no portal e bases de dados PUBMED, SCOPUS, Cinahl e Web of Science; e busca manual de artigos científicos. Resultados: Os cinco documentos técnicos analisados preconizam que na área de limpeza do CME haja diferencial negativo de pressão do ar ambiente, porém não foram encontrados artigos científicos sobre o impacto dessa intervenção. Os quatro artigos incluídos trataram dos aerossóis formados após uso de lavadora ultrassônica (aumento da contaminação principalmente durante o uso) e do jato de água pressurizado (formação de aerossóis menores que 5µm). Em um estudo foram avaliados aerossóis formados a partir de torneira de água quente contaminada com Legionella pneumophila. Conclusões: há evidências sobre formação de aerossóis durante atividades de limpeza em CME. Estudos sobre doenças ocupacionais de origem respiratória dos trabalhadores que atuam em CME devem ser realizados. Descritores: Aerossóis; Esterilização; Pressão do Ar
Objetivo: avaliar a segurança da esterilização a vapor, do instrumental laparoscópico montado com desafio da contaminação. Método: estudo experimental laboratorial, cujo corpo de prova foram trocarte e pinça laparoscópica. Utilizou-se esporos Geobacillus stearothermophillus ATCC-7953, com população microbiana de 106UFC/suporte de papel filtro, removidos do indicador biológico. Três deles foram introduzidos no interior de cada instrumento, no momento da montagem, sendo esterilizados a vapor saturado sob pressão, 134oC por 5 minutos. Depois da esterilização, o instrumental foi desmontado, e cada suporte de papel filtro foi inoculado em meio de cultura de caseína soja, incubado a 56oC por 21 dias. Não havendo crescimento, foram submetidos a um choque térmico de 80oC, por 20 minutos e reincubados por 72 horas. Tamanho da amostra, 185 pinças e 185 trocartes, com poder de 95%. Os experimentos foram acompanhados dos grupos controle negativo comparativo (5 pinças e 5 trocartes com contaminação desafio, esterilizados desmontados) e positivo (30 suportes de papel filtro, não esterilizados), submetidos aos mesmos procedimentos de incubação. Resultados: não houve nenhum crescimento microbiano nos grupos experimental e controle negativo. Os resultados do controle positivo foram satisfatórios. Conclusão: este estudo forneceu fortes evidências científicas para sustentar a segurança da prática de esterilização a vapor do instrumental laparoscópico montado. Descritores: Esterilização; Laparoscopia; Instrumentos Cirúrgicos; Enfermagem de Centro Cirúrgico; Enfermagem Baseada em Evidências; Enfermagem
Objetivo: propor e aplicar um método para a avaliação da eficácia de processadoras automáticas de endoscópios flexíveis, em um momento em que ainda não existe no Brasil um método oficial, nem tampouco laboratórios capacitados que contemplem os requisitos das normas específicas aplicáveis a esse tipo de produto para a saúde. Método: caracterizou-se como pesquisa metodológica e foi desenvolvido com base em três referenciais teóricos: norma técnica International Organization for Standardization (ISO) - ISO 15883-4/2008, Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) nº35/2010 e RDC nº15/2012 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Aplicou-se o método proposto em um equipamento específico, comercialmente disponível, utilizando desinfetante de alto nível à base de ácido peracético 0,2%. Resultados: o método de avaliação proposto mostrou-se robusto, à medida que as recomendações das legislações pertinentes ao equipamento avaliado foram incorporadas, com algumas adaptações para sua exequibilidade. A aplicação do método proposto permitiu atestar a eficácia do equipamento utilizado na desinfecção de alto nível de endoscópios. Conclusão: o método pode servir de referência para a avaliação de reprocessadoras de endoscópios flexíveis, subsidiando a aquisição dessa categoria de produtos para a saúde. Descritores: Metodologia; Desinfecção; Eficácia; Endoscópios
A cross-sectional study was conducted to evaluate the effectiveness of manual and automated dialyzer reprocessing. Dialyzers were filled with fluid thioglycollate medium from blood and dialysate chambers after being reprocessed and chemically sterilized with 0.2% peracetic acid. They were incubated for 14 days at 35°C ± 2°C, and microbiologic analysis was performed. Microorganisms were identified in 3 of the 11 samples (27.3%) from the blood chambers: Sphingomonas paucimobilis (2/3) and Penicillium spp (1/3) and in 11 of the 11 samples (100%) from the dialysate chambers: S paucimobilis (7/11), Stenotrophomonas maltophilia (4/11), Pseudomonas aeruginosa (3/11), Candida spp (1/11), and Acinetobacter baumannii (1/11). Of the 4 manually reprocessed dialyzers, gram-positive bacillus were identified in 1 sample (25%) from the blood chamber, and Bacillus spp and Burkholderia spp were identified in 1 sample (25%) from the dialysate chamber. The dialyzers reprocessing can pose risks safety because of exposure patient to microorganisms.
A high-speed handpiece is used in several dental procedures and the official recommendation for safe decontamination consists of rinsing with water, washing with detergent, mechanical friction, and sterilization; however, many professionals only apply 70% w/v alcohol without also cleaning the tool between patients. We performed an analysis of high-speed handpieces reprocessed only with 70% w/v alcohol and found that the methods used in clinical practice are not safe.
Objetivos. determinar se há diferenças na segurança do preparo de instrumentais cirúrgicos limpos com diferentes tipos de luvas e mãos nuas e avaliar a carga microbiológica desses preparos sem luvas. Método: procedimento laboratorial com abordagem pragmática, em que as amostras foram manuseadas com diferentes tipos de luvas e mãos nuas. Além disso, foram realizados ensaios de citotoxicidade por meio do método de difusão em ágar. Outras amostras foram submetidas à análise microbiológica após serem manuseadas sem luvas. Resultados: nenhuma das amostras apresentou efeito citotóxico. Todas as culturas microbiológicas apresentaram crescimento de microrganismos, mas nenhum microrganismo foi recuperado após a autoclavagem. Conclusão: não houve diferenças nas respostas citotóxicas quanto ao uso de diferentes tipos de luvas e mãos nuas no manuseio de instrumentais cirúrgicos limpos, o que poderia acarretar risco iatrogênico. Ressalta-se que o uso de luvas envolve aumento nos custos do processo e geração de resíduos, e o potencial risco alergênico ao látex. Descritores: Resíduos Orgânicos; Instrumentos cirúrgicos; Mão; Luvas de Proteção; Toxicidade; Enfermagem
Objetivo Avaliar a conformidade de estrutura e processo dos programas de prevenção e controle de infecções relacionadas à assistência à saúde. Método Estudo prospectivo, transversal, realizado de 2015 a 2016, em pequenos hospitais de até 70 leitos de uma região do estado de São Paulo. Foram avaliados 4 indicadores previamente validados, expressos em índice de conformidade (porcentagem em relação aos itens avaliados). Resultados Dentre os 27 hospitais recrutados, 14 consentiram em participar. Os valores médios de conformidade para cada indicador foram: Estrutura dos programas 61,0%; Diretrizes operacionais 84,5%; Vigilância epidemiológica 57,9%; Atividades de prevenção 74,5%. Maior conformidade foi observada em hospitais privados (73,9%) e com presença de unidade de terapia intensiva (90,3%). Os hospitais possuíam enfermeiros designados para o programa (92,9%), mas somente 23,1% das instituições privadas atuavam com dedicação exclusiva de seis horas. Conclusão Apenas o indicador referente às Diretrizes Operacionais dos programas avaliados esteve acima de 90% de conformidade na mediana dos hospitais. A maior dispersão dos resultados de conformidade entre os hospitais estudados foi referente ao indicador de Vigilância Epidemiológica. Infecção Hospitalar; Controle de Infecções; Indicadores Básicos de Saúde; Avaliação em Saúde
Objetivo: Elaborar e validar instrumento para avaliação do conhecimento e comportamento referido dos profissionais de enfermagem sobre precauções padrão e específica na Atenção Primária à Saúde. Método: Estudo metodológico de elaboração e validação do instrumento, por treze juízes especialistas, por meio de escala tipo Likert de 4 pontos, com Índice de Validade de Conteúdo ? 0,80, sobre clareza, relevância e pertinência. Resultados: Instrumento composto por 47 perguntas dicotômicas para avaliar o conhecimento e 12 perguntas, com cinco opções de respostas, para o comportamento referido. Na validação, apenas um item foi excluído, relativo ao eixo “Higiene das mãos” e um item foi reformulado, relativo a “Uso de luvas” e outros 11 passaram por alteração de redação. Foi avaliado o conjunto do instrumento quanto à relevância, abrangência e representatividade dentro do escopo do tema investigado. Conclusão: A ferramenta desenvolvida foi validada e está agora disponível para uso na Atenção Primária à Saúde. Descritores: Atenção Primária à Saúde; Precauções Universais; Estudos de Validação; Enfermagem; Educação Continuada em Enfermagem
Objetivo: Realizar um diagnóstico situacional da Sistematização da Assistência de Enfermagem em uma Unidade Básica de Saúde, na percepção da equipe de enfermagem. Método: Estudo quantitativo, descritivo-exploratório, realizado em uma Unidade Básica de Saúde no interior de São Paulo. Para a coleta de dados, utilizou-se de um questionário estruturado, contendo escala tipo Likert, previamente validado por especialistas. Resultados: O questionário foi aplicado a 21 profissionais de enfermagem. Verificou-se que a implantação da Sistematização da Assistência de Enfermagem e do processo de enfermagem ainda é incipiente nas Unidades Básicas de Saúde. Em relação ao seu uso em todas as ações de enfermagem: 19% dos entrevistados acham que nunca é usada, 38% acham que raramente e 29% responderam algumas vezes. As principais dificuldades apontadas foram relacionadas à falta de estrutura institucional, destacando-se a falta de capacitação por parte da instituição (81%). A equipe possui entendimento razoável sobre o tema e apontou que a formação profissional não prepara para a realização da Sistematização da Assistência de Enfermagem na atenção primária. Conclusão: É necessário interesse institucional para a viabilização da implantação. O estudo pode contribuir para a efetiva implantação nesta unidade e apontar diretrizes para a sua implementação em outros contextos similares. DESCRITORES: Enfermagem de Atenção Primária; Processo de Enfermagem; Equipe de Enfermagem; Avaliação em Enfermagem
Antecedentes: Estratégias para melhorar a adesão às precauções padrão e baseadas na transmissão são essenciais para reduzir o risco de infecções associadas à assistência à saúde. Este estudo tem como objetivo avaliar a eficácia de uma estratégia educativa sobre precauções entre a equipe de enfermagem na atenção primária à saúde. Métodos: Foi realizado um estudo controlado randomizado não cego com 100 profissionais de enfermagem de 28 unidades básicas de saúde. Os grupos foram alocados aleatoriamente. O grupo de intervenção recebeu uma estratégia educacional WebQuest: um método guiado, criativo, destinado a envolver os participantes no desenvolvimento de tarefas de aprendizagem, organizadas em 5 dimensões. O grupo controle não recebeu nenhum treinamento. O conhecimento e a adesão autorrelatada foram avaliados em 3 momentos no grupo de intervenção e em 2 momentos no grupo controle. A análise dos dados foi realizada por meio do qui-quadrado de Pearson ou exato de Fisher para dados categóricos e análise de variância de Mann-Whitney e Medidas Repetidas para dados quantitativos. Resultados: Um maior nível de conhecimento foi identificado no pós-intervenção para as dimensões de avaliação de risco, higiene das mãos e uso de máscara e etiqueta da tosse (todos os valores de P < 0,05). A adesão autorrelatada aumentou nos grupos intervenção (P = 0,008) e controle (P = 0,005). As diferenças diminuíram após 6 meses. Conclusões: A intervenção educativa aumentou o conhecimento e a adesão autorreferida às precauções padrão e à transmissão. Palavras-chave: Ensaio clínico; Intervenção educativa; Prevenção de infecções; Configurações ambulatoriais; WebQuest.
Introdução: É necessária uma estrutura mínima para uma prevenção eficaz das infecções associadas à assistência à saúde (IRAS). O objetivo deste estudo foi avaliar a estrutura para prevenção de IRAS em uma amostra de hospitais brasileiros. Métodos: Estudo transversal de hospitais de 5 regiões brasileiras (n = 153; total de leitos: 13.983) classificados de acordo com o número de leitos; 11 hospitais universitários foram utilizados como referência para comparação. Enfermeiros treinados realizaram a avaliação por meio de formulários estruturados previamente validados. A avaliação do índice de conformidade (IC) incluiu elementos da estrutura do Comitê de Prevenção e Controle Associado à Assistência à Saúde (HAIPCC), higienização das mãos, esterilização e laboratório de microbiologia. Resultados: A mediana do IC para o HAIPCC variou de 0,55-0,94 entre as categorias hospitalares. Hospitais com mais de 200 leitos tiveram a pior proporção de leitos por pias (3,9; P < 0,001). Em relação ao produto alcoólico para higienização das mãos, a pior proporção de leitos para dispensadores foi encontrada em hospitais com <50 leitos (6,4) em comparação com hospitais de referência (3,3; P < 0,001). O IC para serviços de esterilização apresentou grande variação de 0,0 a 1,00. Hospitais de referência eram mais propensos a ter seu próprio laboratório de microbiologia do que outros hospitais. Conclusão: Este estudo destaca a necessidade de estratégias de saúde pública visando melhorar a estrutura para prevenção de IRAS nos hospitais brasileiros. Palavras-chave: Higiene das mãos; Programa de controle de infecção hospitalar; Infecções hospitalares; Controle de infecção; Saúde pública; Esterilização.
Objetivo: Discutir as potencialidades da utilização do conceito de vulnerabilidade para subsidiar medidas de prevenção e controle de infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS). Métodos: Este estudo teórico foi realizado nas etapas: 1) apresentação dos marcadores que enquadram o conceito de vulnerabilidade; 2) apresentação das características dos eventos de saúde aos quais se pretende aplicar o conceito de vulnerabilidade; 3) identificação de lacunas de pesquisa que poderiam ser potencialmente preenchidas pelo conceito de vulnerabilidade; 4) identificação das potencialidades da utilização do conceito de vulnerabilidade para lidar com IRAS. Resultados: Proposta de um arcabouço para análise das IRAS na perspectiva da vulnerabilidade, incluindo as dimensões individual e coletiva. Conclusão: A utilização do conceito de vulnerabilidade para estudar e lidar com IRAS favorece uma nova abordagem de um problema antigo, diferentemente dos estudos dominantes que destacam os aspectos individuais das práticas nos serviços de saúde. Descritores: Infecção Hospitalar; Vulnerabilidade; Enfermagem; Doença infecciosa; Doença contagiosa
Introdução: O padrão dos relatórios de surtos deve ser melhorado a um nível em que sejam robustos o suficiente para influenciar adequadamente as estratégias preventivas. Nosso objetivo foi verificar o cumprimento da notificação obrigatória de surtos, descrevendo características epidemiológicas e de gestão, e avaliando a qualidade dos relatórios de surtos de infecções associadas à assistência à saúde no Estado de São Paulo, Brasil. Métodos: Foi realizada busca sistemática no PubMed, banco de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde, Embase, Outbreak Database, Annals of Brazilian Conferences on Healthcare-Associated Infection Prevention and Infectious Diseases e relatórios da Infecção Hospitalar do Estado de São Paulo Divisão. A qualidade das notificações foi avaliada de acordo com as diretrizes da declaração Outbreak Reports and Intervention Studies of Nosocomial Infection (ORION). Resultados: Foi identificado um total de 87 notificações de surtos; entretanto, apenas 15 surtos (17,2%) foram notificados à Divisão de Infecção Hospitalar do Estado de São Paulo. Infecção da corrente sanguínea e unidades de terapia intensiva neonatal foram as mais implicadas (23% e 19,5%, respectivamente). A qualidade, avaliada de acordo com as recomendações da declaração ORION, foi geralmente ruim. As categorias ORION de Histórico, Objetivos, Participantes, Cenário, Resultados Relacionados à Infecção e Generalidade foram adequadamente descritas em 32,2%, 74,7%, 2,3%, 46%, 2,3% e 12,6% dos relatos, respectivamente. As intervenções e a tipagem de cultura foram descritas com detalhes em 51,9% e 55,2% dos relatos de surtos, respectivamente. Conclusões: Nossos achados apontaram a necessidade de estratégias para melhorar a competência nos relatórios de surtos, e as diretrizes da declaração ORION podem ajudar nesse assunto. São essenciais os esforços para promover a confiança e o consequente cumprimento da notificação obrigatória dos relatórios de surtos. Palavras-chave: Infecção cruzada; Surto de doença.
Antecedentes: Nem todos os surtos nosocomiais (NOs) são notificados às autoridades de saúde (HAs). Objetivo: Identificar barreiras para investigar e relatar NOs aos HAs. Métodos: Foi realizada uma abordagem de métodos mistos com um projeto paralelo convergente. Os ramos quantitativos e qualitativos do estudo foram uma pesquisa estadual (eletrônica) e grupos focais (GFs), respectivamente. Profissionais de controle de infecção (PICs) que trabalham no Estado de São Paulo, Brasil foram recrutados. Resultados: Oitenta e cinco PIC foram inscritos no inquérito e 22 PIC foram inscritos nos GF. As barreiras à investigação e notificação de NOs incluíam: (i) dificuldade em traduzir em prática o conhecimento da investigação de surtos; (ii) planejamento deficiente no processo de investigação de surtos; (iii) cultura e contexto organizacional; (iv) falta de conscientização sobre a notificação; e (v) falta de autonomia dos ICPs para notificar os surtos às HAs. Conclusão: Os HAs podem superar essas barreiras revisando suas estratégias para trabalhar com serviços de saúde, bem como oferecendo programas educacionais translacionais para apoiar a melhoria do conhecimento e habilidades para investigação de NO. Palavras-chave: Infecção cruzada; Surto de doença; Profissionais de controle de infecção; Investigação; Métodos mistos.
Objetivo: Descrever as características da síndrome tóxica do segmento anterior (TASS) e as implicações para as ações de enfermagem. Método: Trata-se de uma revisão da literatura por meio de pesquisa nas bases de dados Medical Literature Analysis and Retrievel System Online (MEDLINE) e Literatura Latino-Americana em Ciências da Saúde (LILACS). Resultados: A TASS é uma reação inflamatória ocular aguda após cirurgias oftálmicas, principalmente a cirurgia de catarata, cuja apresentação clínica nas primeiras 12 horas após o procedimento inclui sinais como edema da córnea, presença de células na câmara anterior (CA), pressão intraocular aumentada e pupila irregular. As principais causas estão relacionadas com substâncias não infecciosas introduzidas no olho do paciente a partir de produtos usados durante a cirurgia ou devido a falhas no processamento dos instrumentais. Conclusão: As implicações para a enfermagem consistem nas medidas de prevenção, treinamento de pessoal, orientação aos pacientes e vigilância epidemiológica ativa visando à identificação precoce de sinais indicativos da TASS. Palavras-chave: Extração de catarata. Enfermagem perioperatória. Vigilância epidemiológica. Esterilização. Endoftalmite.
Objetivo: Identificar marcadores potenciais para auxiliar na busca ativa de endoftalmite após cirurgia de facectomia. Método: Estudo retrospectivo, descritivo e longitudinal, realizado por meio da revisão de prontuários de pacientes submetidos à cirurgia de catarata. Resultados: A amostra incluiu 20 pacientes (grupo de estudo — GE) que desenvolveram endoftalmite pós-operatória e 309 pacientes (grupo controle — GC) que não apresentaram endoftalmite. Os dados foram analisados para identificar os marcadores clínicos e epidemiológicos com uma diferença percentual ?30% entre os grupos. Em comparação com o GC, o GE teve frequência ?30% em: sinais e sintomas pós-operatórios definidos (dor, reação da câmara anterior, hipópio, edema da córnea, hiperemia conjuntival e opacidade vítrea); mais de 4 retornos pós-operatórios; e realização de injeção de antibiótico intravítreo. Conclusão: Os indicadores selecionados são sugeridos para incorporação na busca ativa das infecções pós-operatórias de endoftalmite, visando à facilidade operacional do sistema de vigilância epidemiológica. Palavras-chave: Controle de infecções. Enfermagem. Extração de catarata. Endoftalmite. Infecção da ferida cirúrgica.
Este artigo descreve um sistema de vigilância de endoftalmite pós-operatória (POE) em um centro oftalmológico especializado em São Paulo, Brasil. O estudo envolveu uma revisão de prontuários de 2004 a 2009, período em que foram realizadas 31.999 cirurgias intraoculares. Dezenove desses casos preencheram os critérios para POE, para uma taxa de infecção de 0,06%. O principal agente etiológico causador de POE foi a Pseudomonas aeruginosa, identificada em 42,1% dos casos (8/19).
Objetivo: Descrever a incidência, a apresentação clínica e evolução dos casos endoftalmites ocorridos em um centro oftalmológico no Brasil. Métodos: Trata-se de uma revisão de uma revisão de pacientes dos pacientes selecionados à revisão de um período de catarata no pós-operatório de 2008. Resultados: Durante o período do estudo, foram realizados 27.609 cirurgias de catarata. Foram identificados 35 casos de endoftalmite. A incidência global de endtalmite foi de 0,13%, com variação anual de 0,04% a 0,27%. Os principais sinais e sintomas em pacientes com endoftalmite foram dor ocular e baixa acuidade visual associado à hiperemia conjuntival e hipópio. Os microrganismos gram-positivos foram os agentes etiológicos mais frequentes. Todos os pacientes receberam uma injeção intravítrea de antibióticos como tratamento imediato. A acuidade foi igual ou pior a capacidade de contar os dedos da análise visual, em 57% dos pacientes. Evisceração ou enucleação foi necessária em 3 pacientes. Conclusão: A incidência de endoftalmite e a maioria dos sinais e sintomas encontrados neste estudo estão de acordo com os reportados na literatura. Embora a taxa de insuficiência seja baixa, a perda de visão experimentada pela maioria dos pacientes com endoftalmite após uma cirurgia catarata a necessidade de exercícios para medidas de prevenção de incêndio e diagnóstico precoce para evitar complicações. Descritores : Endoftalmite; Extração de catarata; Infecção da pele suja; Monitoramento epidemiológico; Controle de infecções
Objetivo: Caracterizar as Comissões de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) nos hospitais, por meio da análise dos relatórios das fiscalizações do Conselho Regional de Enfermagem (Coren-SP); obter subsídios para proposta de melhoria nas atividades de enfermeiros das CCIH e aprimorar as ações de fiscalização. Metodologia: Estudo transversal descritivo e exploratório, por meio de consulta dos relatórios de fiscalizações realizadas entre setembro de 2012 e fevereiro de 2017. Resultados: Foram avaliados relatórios de todas as instituições hospitalares (n=838) no Estado de São Paulo. Dessas, 778 instituições (92,84%) possuíam CCIH; porém em 318 (40,87%), o enfermeiro não era exclusivo, realizando ações gerenciais ou assistenciais ao mesmo tempo em que atuava na CCIH, descumprindo a legislação vigente. Das 60 instituições que não possuíam CCIH, 51 (85,0%) eram de pequeno porte (?50 leitos). Conclusão: A falta de conformidade com os requisitos legais em recursos humanos sugere que a estrutura de prevenção de infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) ainda é deficiente em muitos hospitais do estado de São Paulo, o pode levar a falhas na implementação efetiva de medidas de prevenção. Auditorias e fiscalizações, como as realizadas pelo Coren-SP desempenham papel importante e podem fazer parte de uma ampla estratégia governamental para alcançar melhorias nos serviços de saúde. Palavras-chave: Infecção Hospitalar. Programa de Controle de Infecção Hospitalar. Regulação e Fiscalização em Saúde.