Educação de Pacientes em Precauções Específicas: uma Análise do Contexto em Hospital Universitário.

Luize Fábrega Juskevicius, Maria Clara Padoveze, Stephen Timmons

Resumo: Introdução: Precauções especiais destinam-se a prevenir a transmissão de patógenos nos ambientes de saúde e podem exigir o isolamento do paciente. Pacientes internados em tal situação estão sob risco de eventos adversos relacionados ao isolamento. Anteriormente, desenvolvemos um protocolo para apoiar o engajamento do paciente com o objetivo de minimizar sua vulnerabilidade a esses eventos. Procuramos compreender o contexto na fase de pré-implementação. Objetivos: identificar barreiras e facilitadores para a implementação de orientações para comunicação efetiva entre profissionais de saúde e pacientes internados em precauções específicas. Métodos: estudo qualitativo com observação não participante em duas enfermarias de um hospital universitário. Realizou vinte horas de observação, focadas nas interações entre profissionais de saúde, visitantes e pacientes. O Consolidado para pesquisas de implementação (CFIR) foi usado para a análise de dados. Resultados: Ambiente interno: o ambiente apresentou estrutura física adequada para prevenção de infecção, incluindo protocolos de prevenção de infecção. A cultura organizacional foi favorável à aceitação de abordagens inovadoras. Encontramos vários espaços de interação entre profissionais de saúde, pacientes e visitantes. No entanto, a comunicação eficaz ocorreu mal entre os indivíduos. Não havia procedimentos operacionais padrão para a educação do paciente; portanto, esse processo apoiou-se em iniciativas individuais. Indivíduos: foram diversos os atores no contexto: médicos, enfermeiros, técnicos, fisioterapeutas, alunos, professores, pesquisadores, cuidadores, visitantes e policiais. Os profissionais de saúde apresentaram adesão parcial às medidas de prevenção de infecções. Discussão: a avaliação do contexto identificou facilitadores relevantes, como estrutura física adequada e cultura institucional. Como principais barreiras, identificamos a falta de planejamento sistemático para a educação do paciente e lacunas nas medidas de prevenção de infecção, o que pode minar a confiança dos pacientes no pessoal de saúde. Palavras-chave: precauções universais, educação em saúde, enfermagem, participação do paciente, comunicação
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